Os dicionários definem meditação como “pensar sobre algo”. Na filosofia, meditar é exatamente o oposto: parar de pensar. É a limpeza plena da mente. Um estágio, antes da meditação, é a concentração: pensar numa única coisa, focar a mente, sem distrações. A habilidade de concentração é necessária para conquistar o estágio seguinte – não pensar. Quando conseguimos manter a mente focada num único ponto, por um tempo suficiente, acontece a meditação, ou seja, “parar de pensar”.
Os exercícios iniciais de meditação consistem, basicamente, exercícios de concentração. Mesmo que o praticante não consiga meditar, no sentido estrito da palavra, a prática ampliará a habilidade de concentração, foco, clareza mental, calma, serenidade e bem-estar. Os benefícios mais simples produzirão efeitos imediatos, na qualidade de vida, na produtividade e na capacidade de tomada de decisões. Mesmo, porque, uma pessoa normal perde a concentração, a cada 8 (OITO) segundos. Toda vez que perde a concentração, terá de retomar. O cérebro perde energia e tempo consideráveis, apenas, para voltar a pensar no mesmo assunto. Entende-se a razão da falta de concentração ser tão prejudicial. Então, quais são as vantagens de parar de pensar?
Einstein nos dá uma dica da ferramenta poderosa que é a meditação: “Penso 99 vezes e nada descubro. Deixo de pensar, mergulho no silêncio, e a verdade me é revelada.” Para um praticante não é novidade alguma o poder de parar de pensar. Sabe-se que o intelecto é uma ferramenta limitada. Há outras formas de expressão da consciência, a intuição, que são muito mais poderosas e a maneira de acessar essas maravilhas é através da prática meditativa.
No mundo corrido, em que vivemos, fica difícil focar. Há uma pesquisa que indica: um ser humano comum perde o foco, a cada 8 (OITO) segundos. Sem a habilidade de focar e de concentrar, a produtividade cai, a criatividade fica embotada, o raciocínio lento e a tomada de decisões prejudicada.
Parte importante da clareza mental depende de uma mente serena e das emoções controladas. A emocionalidade forte, especialmente, quando negativa, tira a clareza mental e a assertividade. As maiores bobagens acontecem, quando tomamos decisões importantes sob forte emoção.
A prática inteligente e diligente permite autoconhecimento. Ao descobrir como as emoções funcionam, podemos administrar e controlar o mundo emocional para que estejamos, no controle.
Um erro frequente cometido, por iniciantes, é simplesmente começar a praticar. Na verdade, o ser humano é um complexo de corpos físico denso, físico energético, emocional, mental e intuicional. Querer desenvolver um, sem trabalhar os outros, produz resultados limitadíssimos. Para entender melhor, veja ao lado o vídeo: CORPOS DO HOMEM.
Portanto, uma boa metodologia consiste em trabalhar o ser humano de forma integral, sem negligenciar qualquer aspecto. Precisamos manter o corpo físico denso forte, alongado, com muita vitalidade e boa saúde. O físico energético precisa ter uma excelente circulação de energia que abasteça todos os sistemas. O emocional, razoavelmente, bem administrados, com emoções positivas intensas, mas, as negativas sob controle.
O mental sereno, pacificado, com capacidade de concentração e foco. Nesse ambiente, a evolução do praticante será expressivamente melhor. Uma boa técnica terá exercícios para o físico denso (ásana), para o físico energético (respiração, mantra), para o emocional (relaxamento, habilidade de gratidão etc) e para o mental (exercícios de concentração e abstração). O ponto alto da prática serão as técnicas meditativas.
Os resultados dependerão, entre outros fatores: dedicação – quanto tempo de prática, por semana; inteligência da prática – fazer um bom planejamento; habilidades pessoais – algumas pessoas aprendem mais rápido que outras; metodologia utilizada – métodos mais estritos tendem a produzir resultados limitados. Na aba “resultados”, temos uma relação extensa de benefícios da prática do Yôga e da meditação.
Após três meses, esperamos os primeiros resultados. Melhora na concentração, no foco, na ansiedade, na clareza mental, redução do stress. No início, é normal NÃO ter todos os resultados simultaneamente. Algumas pessoas performarão melhor no stress, outras na ansiedade, por exemplo. Com a prática consistente e inteligente, o sádhaka (praticante) evoluirá em todos os sentidos.
Nos dias corridos que vivemos, temos de produzir muito, em todas as áreas: profissional, afetiva, familiar e social. Na ânsia de ter um bom desempenho, muitos sacrificam a qualidade de vida e abandonam os seus sonhos ou parte deles. Dedicam-se muito e esgotam as energias. Precisa ser assim?
Se o indivíduo quebrar o círculo vicioso e estabelecer um círculo virtuoso, pode fazer diferente. A prática meditativa amplia a energia, reduz o estresse, reduz a ansiedade, amplia a intuição, amplia a clareza mental, o foco e a concentração, portanto, o praticante produz mais, em menos tempo. A sobra poderá ser utilizada para viver a vida, curtir a família, ir ao cinema com os amigos e por aí vai.
A vida é feita de escolhas. As pessoas que cuidam de si mesmas, tendem a ser mais felizes. Investir em você mesmo é um caminho virtuoso. Desenvolver habilidades que poucos tem, pode ser um diferencial expressivo, no mundo competitivo. O custo/benefício da prática meditativa é, extremamente, generoso. Qual a sua escolha?